WTF?

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9 de out. de 2012

É isso mesmo, produção?

Eu fico cem anos luz sem postar nada aqui e, quando paro pra ver, o blog já tem quase 5.000 visualizações. MASOQUEAFODAFODENA? Gente, cês são incríveis!

Já chorei por coisas bobas.


Me lembrei de quando eu achava que era forte demais para chorar por coisas bobas. Tipo livros. Só três livros me fizeram chorar de verdade até hoje: "A Esperança", "Querido John" e "A Menina Que Roubava Livros".



Eu chorei lendo o final de "A Esperança" porque eu não queria me desapegar à Katniss e sua turminha, mas ela mesmo já estava aprendendo a se desapegar deles.
Que final lindo e trágico e cheio de emoções. Que livros! Que trilogia! Li umas três vezes para me certificar que era o fim, que tinha acabado. Não haveria mais garoto do pão ou garota em chamas... Doeu. Dói ainda.
Chorei por Finnick, Prim, Cinna, Effie, Rue, Cato, Marvel, Seneca, Buttercup e sua volta misteriosa, Haymitch sendo um mestre do começo ao fim. Por tudo. Por ter sido tão incrível. Chorei mesmo. Choro de fã. Foi um choro de despedida porque, pela primeira vez, a carrancuda aqui leu uma trilogia - e gostou!



O segundo livro, "Querido John", tem dois choros e todo um significado.
Renato me deu o livro quando nos despedimos no aeroporto. Dentro do livro havia a carta que ele me escreveu. Ele me pediu para ler dentro do avião e foi dentro de uma aeronave que eu paguei um mico enorme rindo e chorando ao mesmo tempo ao ler uma simples carta de cerca de cinco páginas. Depois, quando eu criei coragem para ler o livro - não queria ler porque não queria trazer de volta o dia no aeroporto e como a nossa despedida foi rápida e como Marabá já era passado -, assimilei tantas coisas à minha vida. John era militar e, ao que parece, todos os meus amigos serão militares. Ou seja, tanto no livro quanto na vida real o militarismo só traz uma coisa: despedidas seguidas de mais despedidas. Saudades. E só.
Como não chorar com John Tyree vendo Savannah, o amor da vida dele, seguir em frente com outro cara que ele ajudou a sobreviver. Ele a amou o suficiente para deixá-la ir. Eu ainda não sei como ele conseguiu porque eu nunca vou amar o suficiente para deixar que os meus me deixem... John foi tão humano que me levou às lágrimas dentro de um ônibus voltando para casa.



Mas o terceiro livro, que na verdade foi o primeiro pelo qual eu chorei, foi tão inusitado. "A Menina Que Roubava Livros", um livro que eu encontrei no KUMON, ainda em Marabá e levei cerca de dois meses para ler. É um livro fácil e ainda assim complicado. Demorei a ser pega pelo enredo e só fui ser pega no final. Eu estava lendo a despedida de Liesel Meminger à sua "mãe" Rosa e, quando fui ver, as lágrimas já estavam lá. Eu nunca tinha chorado por coisas bobas. Chorando por um livro. Não, não, chorando por Rosa Hubermann. Por ela ter cuidado de Liesel e ter protegido-a e amado-a nas entrelinhas. Mostrando como é que as pessoas marcadas pela crueldade da vida conseguem amar. Mais humana que um milhão de John Tyrees. Chorei mais por Rosa do que por Hans, que foi o pai mais amoroso da história de todos os livros. Mas as lágrimas me controlaram quando Liesel deu o seu primeiro, único e último beijo em um Rudy Steiner morto e ainda assim tão perfeito. Rudy, Rudy, Rudy... Ele consegue ser mais perfeito que Peeta Mellark, mais humano e puro que John Tyree e Rosa Hubermann juntos e muito, muito mais amoroso que Hans Hubermann. Ele é Rudy. Um garoto fictício que me provou que eu choro, sim, por coisas bobas. Tipo livros.