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25 de jan. de 2011

Colírios

Chegou a minha vez: criticar os colírios da Capricho ou encher isso aqui de fotos deles e deixar o meu blog mais pop.
Eu prefiro a crítica. Então, vamos a ela.
Pra começo de conversa: eu não estou postando essa crítica para que vocês, fãs dos colírios, parem de gostar deles. Eu estou apenas dando o meu parecer sobre essa história toda.

Tenho saudade da época em que colírio era um medicamento para aplicação conjutival ou aquela seção da revista Capricho que tirava o fôlego de qualquer uma com foto de um modelo beeeem gato. Atualmente, colírio é praticamente uma legião de garotos que disputam entre si para saber quem é o carinha mais bonito, quem tem mais gurias babando por eles. E também é o que qualquer garoto quer ser. Afinal, que garoto (exceto os gays) não deseja um bando de gurias retardadas caindo aos seus pés?

Minha prima tinha a assinatura da Capricho e na minha casa em BH, eu tenho as revistas dela guardadas. E lá estão os colírios, que na época era apenas a foto e a ficha de um garoto lindo (que na maioria das vezes era modelo) e tinha até uma linha pontilhada pra recortar e fazer de pôster.
O mais engraçado é que a Capricho não dá uma repaginada nesse nome tão old que tá aí há umas duas décadas. Até entendo, porque sempre foi colírio e se mudarem de nome, talvez ninguém se adapte e caso se adaptem, sempre irão se lembrar da época do colírio. Tá, fugi um pouco do assunto...

Hoje em dia, essa história de colírio é só mais um passaporte para se tornar uma pessoa pública ou conseguir 15 minutos de fama. Caiu no sistema, virou modinha e só porque a mídia exibe e apoia, todo mundo quer.
E como todo mundo quer, é claro que fazem o possível para serem iguais: o cabelo todo trabalhado na chapinha, as roupas trabalhadas no glamour, o corpo trabalhado no anabolizante e fotos, muitas fotos. Antes colírio tinha uma foto só na revista, agora é obrigatório ter milhões de fotos que saciem a sede da futilidade. É foto fazendo biquinho, com a boca torta, mão no cabelo, coraçãozinho com a mão, ao lado do cachorro, dos amigos, do ursinho de pelúcia... Anyway! Acho que ninguém percebeu que todos esses colírios estão ficando idênticos. E ainda tem gente que ousa dizer que eles são diferentes! Que diferença é essa onde todo mundo anda igual?

Eu também acho que ninguém percebeu que colírio negro não existe! Ou melhor, não há espaço para eles. Tem um racismo gritante aí, porque no padrão de beleza que a sociedade impôs encaixam-se apenas aqueles que tem os cabelos mega lisos, os olhinhos claros e quem é branco. E a sociedade vem dizer que tá moderna, que não tem desigualdade...
Os negros infelizmente ainda passam a impressão de favelado, traficante, vagabundo... Mas existe tanto negro lindo, maravilhoso e gostoso por aí! Tem negro que é tão lindo que desbanca todos os colírios juntos. É preciso abrir o leque, dar espaço para a beleza negra. Quem é que não gosta de um chocolate afro-descendente aí? Hahah, brincadeira.

Ninguém repara na futilidade que há nessa coisa toda de colírio. Eu sei que, no meio de tantos, alguns devem ser bem cultos e inteligentes e tentam passar mensagens legais para lapidar a mente fútil das fãs. Mas parece que a grande maioria deles são só um rostinho bonito.
Acho que os garotos devem usar o poder dessa influência que eles exercem sobre os jovens atualmente para algo bom. O pouco que eles fizerem será o suficiente!

Alías, os jovens devem abrir os olhos e verem que cada vez mais estamos sendo ouvidos. Caso isso esteja MESMO acontecendo, por favor, vamos dizer coisas úteis!
E vocês, meninas fãs de colírios, peçam aos seus ídolos para que sejam tão úteis, inteligentes e cultos quanto bonitos. Sonhem menos com eles e comecem a viver a realidade da vida, que não é tão linda como um colírio.

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